segunda-feira, 30 de junho de 2008

Dia 16 Passau

Hoje o dia foi de visita a esta cidade incrivel. Desculpem a falta de acentos e erros ortograficos. Os teclados daqui nao ajudam muito.

As 9:30 me encontrei com a Sra Vasquez, uma chilena que mora a uns 25 anos aqui em Passau.

Ela me disse que a estacao de rádio da cidade queria fazer uma entrevista comigo, assim como o jornal local. Foi bastante curioso dar a entrevista, em ingles, e que era traduzida para o Alemao pela Sra Vasquez.


Passau é um triangulo onde desaguam tres rios. o Danubio pela direita, o Inn pela esquerda e o Ilz pela direita também.

A cidade guarda muitos tracos medievais e tem muita história que farei questao de colocar no livro da viagem.

Os rios sao bordados por encontas altas onde algumas fortalezas dominam o horizonte.

Na parte da manha andamos por boa parte da cidade e a Sra Vasquez me levou numa livraria onde comprei dois guias de cicloturismo do Danubio. Comecei a pedir o livro, em alemao, quando ela disse para falar portugues. A vendedora era brasileira. Era a primeira vez que falava portugues pessoalmente com alguém desde o dia 15 de junho. Comprei um livro de Viena a Budapeste e outro de Budapeste até o mar Negro, passando por Belgrado, o que me interessava.

O guia entre Passau e Viena recebi de presente do escritório de turismo local.
Almocamos la pelas 2 da tarde e conversamos bastante. Acho que ela precisava de um ouvido latino para poder falar espanhol.

Me contou bastante sobre o modo de vida alemao e as experiencias que pessoas de fora passam para se adaptar aos costumes locais.

Depois do almoco ela me deu uma carona ate o correio onde despachei para o Brazil o guia do Danubio alemao que eu nao precisaria mais usar. Nele ficaram registradas o que chamo de paginas sangrentas. aquelas que ficaram coladas com os pingos de sangue da batida. Parece mórbido mais é fato. basta procurar pelas páginas ´vermelhas´para saber onde foi o acidente.

Por falar nisso, o nariz vai bem. nao esta saindo mais secrecao e amanha volto a pedalar no percurso de 100Km ate Linz. Vou sair uma hora mais cedo do que o normal para poder ir bem devagar e ver como o nariz reage. Continuo com cara de guaxinin. Acho que mais uma semana para voltar ao normal.

Assim que puder atualizo esta postagem com fotos que fiz hoje.

Dia 15 Kelheim - Passau



A estacao de Kelheim (saal)
Acordei as 6:50 com o despertador do relógio tocando, eu havia esquecido de desligá-lo, e depois as 8 com o Motoquinho tocando a corneta.

Desci, tomei café voltei ao quarto, peguei os alforges e desci para montá-los na bike. Cheguei em Saal as 9:10 da manhã. Não havia guiche para venda de bilhetes, apenas uma máquina automática.

Comecei a ler e entender o funcionamento da mesma. Existia uma tabela de destinos onde aparecia o nome da cidade e um código de quatro dígitos. Eu deveria digitar aquele código num teclado para saber o preço. Digite 1 8 0 0 e o valor de 23,50 Euros apareceu. Tinha uma local para inserir moedas e outro notas. Inseri uma nota de 50 Euros e a desgraçada me cuspiu de volta o dinheiro. Virei a nota e de novo, o dinheiro voltou. Tentei umas quatro vezes.

Ai pedi ajuda aos senhores ciclistas. Eles fizeram novamente o procedimento e a nota voltou. Ai um deles disse que aquela máquina aceitava apenas notas até 20 Euros. Coloquei então uma de 20 e depois uma de 5. A máquina me devolveu o bilhete e 1,5 Euros.

Agradeci a ajuda enquanto os ciclistas pegavam suas bikes e se dirigiam a um tem que acaba de parar. Ai eu tentei achar o procedimento para emitir a passagem da Number Two. Foi idêntico ao da minha passagem, só que depois de digitar o código da cidade precisava apertar o botão Fahrrad (bicicleta).

Embarquei sózinho no trem que chegou pontualment as 9:50.. Prendi a bicicleta e sentei no último vagão, onde eu tinha visão diereta da bike. Atrás de mim um chinês ou coreano comia o seu prato de noodles. O barulho que ele fazia para comer era nojento e vou poupá-los de sua descrição. Não sei porque, mas é comum naquels países comerem fazendo ahrrrrghhh aqueles barulhos.

Vinte minutos depois cheguei em Regensdorf onde o trem ficou parado mais de meia hora, para partir as 10:50. Lá embarcaram um grupo de torcedores alemães, uns 15, vestidos com bandeiras e camisetas. Carregavam caixas e mais caixas de cervejas. Um deles tinha um, esqueci o nome agora, amplificador onde ficava gritando e falando sei lá o que, incluindo gritos de guerra e outras bobagens.

Por sorte entraram no carro da frente e não naquele onde eu estava. Eles foram até Passau, mas a maioria já estava `trêbada`. Acredito estarem indo para Viena onde seria a final da Euro Copa á noite.

Durante a viagem alguns vinham para o meu vagão para dar uma olhada e voltavam. Imagino a loucura que será essa noite em Viena. Aliás, Renato e Ferreira já devem estar chegando em Viena e vão aproveitar o clima da final.

Programei o Motoquinho para me levar ao hotel e descobri que ele estava a 3,7 Km. Estava fora da cidade, ao lado do Danúbio na rota para Linz.

Fiz o percurso em 15 minutos. Cheguei por volta das 13 horas e a recepcionista disse que o quarto estaria pronto somente as 14:00.


Não tem problema, eu almoço primeiro e depois volto. Perguntei se a comida estava inclusa e ela, depois de consultar alguns papéis disse que eu teria dierito a meia-pensão. Café da manhã e jantar. Falei se poderia trocar o jantar pelo almoço. Ela foi consultar alguém e voltou dizendo que sim.

O restaurante do hotel servia um buffet self service. Dei uma olhada nas opções e não gostei muito do que tinha. Perguntei á garconete se tinha menu a la Carte e ela disse que sim, me trazendo o menu.

Uma outra veio me trazer o refrigerante que havia pedido. Quando disse que queria um filet Cordon Bleau, ela disse que eu teria de pagar pois a meia-pensão era só para o buffet.

Tudo bem, eu pago, disse-lhe fachando o menu. Ai ela foi falar com um senhor que veio todo cheio de si, dizendo que se eu quissesse a meia pensão eu teria que usar o Buffet. Eu disse que não queria o buffet e que queria o que havia pedido. Ele disse que teria de pagar.

O senhor quer que eu mostre o dinheiro antes, ou pode ser depois do almoço. Eu já estava ficando irritado. Ele disse que tudo bem, e quando uma outra moça veio me atender perguntando o prato que eu queria, eu repeti. Ai ela me falou. Mas esse prato o sernhor tem que pagar.

Olha, tudo bem, eu não quero mais nada. Vou tomar só o refrigerante. Obrigado, disse a ela.

Daí uns dois minutos veio o senhor me perguntando se eu era o jornalista brasileiro. Sou sim, ai eu pensei, será que vou ter que pagar por ser brasileiro?

O senhor é meu convidado para o menu a la carte, me cumprimentou, estendendo a mão. E dizendo que se precisasse de algo era só falar.

Que mudança!


Vim para o quarto e escrevi o texto até esse ponto. São 15:00. Vou separar umas fotos, de ontem e de hoje, copiar tudo para o pen drive e ver se acho algum cibercafé.


O Danúbio aqui em Passau já virou um grande rio. Em nada lembra aquele nanico vagaroso dos seus primeiros quilômetros.




Fui Para o centro da cidade la pelas 18 horas. a cidade estava agitada com o jogo da Alemanha x Espanha. Fiquei rodando um pouco ate as 20 horas e voltei ao hotel sem encontrar um cibercafé. o hotel tinha conexao na portaria, mas cobravam 15 euros por hora. Um completo abuso.

domingo, 29 de junho de 2008

Dia 14 Donauworth Kelheim





Rua central de Donauworth



Hoje dia 28 meu deu uma moleza geral. Tanta que ate acabei esquecendo de atualizar o blog.

Essa postagem é provisoria. De Donauworth tomei o trem das 13:00 para Kelheim. Demorou 1h40m.


Estacao de trem de Donauworth


Angela, a guia de Donauworth




Numa das pequenas vilas entraram umas 20 crianças que estavam indo ou voltando da escola. Uns 10 moleques de seus dez ou doze anos ficaram proximos. Ai decidiram fazer um campeonato bem proprio da idade, um campeonato de arrotos, cuja competição so diminuia quando o fiscal passava.

Cheguei ao hotel que ficava a uns tres km da estacao mas que não era dentro da cidade. O hotel era uma Gasthof, embaixo restaurante e encima hotel. Ficava a uns 3 Km da estação de Saal e 3 Km antes do centr de Kelheim.




Depois da cochilada peguei a Number Two e fui para o centro. Atravessei o Danubio e virei aà esquerda para o centro da cidade. Pelo que vi Kelheim tem várias cervejarias e vinícolas. Fui atrás da tal festo do vinho. Achei que seria algo parecdo com a festa de Donauworth, onde barracas de alimentação estariam nas ruas centrais.




Cruzei a cidade umas tres vezes tentando achar o burburinho, mas nada. O único movimento era em alguns bares na rua central. Perguntei umas duas vezes sobre a festa mas ninguém sabia. Peguntei próximo ao escritório de turismo que estava fechado sobre a feta, para um casal e este me apontou a porta atrás deles. Uma entrada para carro que dava num páteo onde vi várias meses e pessoas.




O que me chamou mais a atenção foi o generalizado número de cabeças brancas. Não era de forma alguma uma festa para a galera da primeira e segunda idades.




Entrei e amarrei a bike num banco antes de chegar ao páteo. Umas 200 pessoas deviam estar espahadas pelas mesas. Havia um lugar para músicos tocarem, um local para pegar bebidas e à esquerda um local com comida.




Fui até lá e observei um senhor comprando, segundo ele, meio metro de linguiça. Era uma lingüiça branca que deve ter mais menos essa medida, enrolada. - Vier Euro, quatro euros, disse a vendedora, entregando a lingüiça num prato de papel, com mostarda e uma baguete de uns 30 cm.




Tô dentro, pensei. Eu também quero uma. Peguei meu suculento almoço e me sentei no canto de uma mesa que tinha um senhor na outra ponta.




Ai começaram a tocar as músicas alemãs, daquelas bem típicas, e na modalidade devagar quase parando. Eu era o perfeito estranho no ninho. Eu estava ali pois alguém do turismo local havia dito aos amigos do Centro do Turismo Alemão em São Paulo para que eu fosse ao evento.




Imaginei que alguém me contactaria no hotel, mas deixaram apenas o mesmo recado Fiquei lá uns 15 minutos e quatro músicas depois estave eu desamarrando a Number Two do banco e voltando para a Gasthof.


Kelheim


Continuei a fazer nada por um bom tempo. Hoje o dia realmente era de preguiça. Aproveitei para ler o manual do ciclo-computador da nova bike.




Alias, aqui quero fazer a despedida formal da Scottinha. Na foto abaixo você pode ver tudo que sobrou dela e que vai comigo para Istambul.



O dono da Gasthof é um senhor muito gentil e me ajudou a achar a melhor conexão de trem para o dia seguinte. Existiam três possibilidades sendo que duas delas exigiriam que eu fizesse duas trocas de trem. Optei por aquela que não exigia tal tarefa. O horário do trem em Saal era as 9:50.

Assiti um pouco de TV e dormi por volta da meia noite.

So para registrar:

A foto e da loja de bicicletas onde comprei Number Two.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Corpo de delito

Meu novo hobby no hotel é contar hematomas. Ontem não estavam ai. Mas hoje....
Acordei algumas vezes com a garganta seca. Ao tentar dormir não deixava de pensar no problema do bagageiro. Virava de um lado para outro para esquecer o problema, pois ali não conseguiria resolver nada. 6:45 estava acordado, antes mesmo do despertador.

Fui tomar café as 7:15 e perguntei à gerente qual o horário de abertura da loja. 8:30 ou 9:30. Sai com a bike as 8:20 para pegar a loja abrindo. Chegando lá descobri que iria ter uma hora para pensar na vida.


Já havia traçado um plano B, C, D e E caso não conseguisse resolver o problema.Quando a loja abriu perguntei primeiro se tinham um `alargador´ de canote. A resposta foi sim, o que me animou. Pronto, problema resolvido.

Em dois minutos voltou o vendedor dizendo que para aquele diametro não havia. Plano B em ação. Comprar um outro bagageiro que servisse naquele canote. Os dois modelos que havia na loja não serviam. Um era igual aoo meu, e o outro, faltava 1 mm para fechar.

Plano C: você tem suporte para alforges no garfo da bicicleta? Sim, tenho esses, respondeu o vendedor. Alivio da minha parte. Ele entrou na oficina e voltou dizendo que não serviam para a montain bike.

Plano D: eu iria fazer uma escolha criteriosa do que levar e arranjar tudo dentro da minha mochila de costas. O que não coubesse voltaria ao Brasil ou acabaria sendo deixado por ali.

Voltei para pegar o canote da bicicleta roubada, que havia deixado ao lado da prateleira de bagageiros quando vi um ouro modelo de bagageiro meio escondido debaixo de outros. Peguei-o e levei até a bicicleta. Torci para encaixar, e desta vez, ele serviu. Ufa, mas eu não estava totalmente animado, Os alforges que tenho poderiam não encaixar na bike. Combinei com o vendedor que se não service eu o devolveria.

De volta ao hotel comecei a fazer os encaixes. Com algum esforço e ajustes consegui fazer os alfoges laterais encaixarem. A maleta de cima tive de amarrar com uma corda elastica que havia trazido.

Bem, daquela forma eu poderia continuar. Minha decisão quanto à viagem foi a seguinte: Não posso pedalar ou fazer esforço por mais dois dias. Isso é fato. Eu tenho que me encontrar com amigos em Viena no dia 3. O melhor é fazer duas cidades de trem e me manter dentro do cronograma.

As 11:44 embarquei num trem para Donauwort. A viagem levou 1H 10m. Cheguei na estação e fui pedalando bem de leve até o hotel que ficava uns 2 Km de lá.

O resto do dia fiquei descansando. Quanto mais me poupar agora, mais rápido voto à ativa.

Dia 13 - Corpo de delito

Meu novo hobby no hotel é contar hematomas. Ontem não estavam ai. Mas hoje....



Tô com cara de guaxinin.

Dia 12 - Ulm - Parte II

Dia 12 - Ulm


Catedral de Ulm 164m de altura
Fui dormir bem tarde. A alemanha estava em clima de festa pelo jogo da Euro Copa contra a Turquia. Os noticiários mostravam o tempo inteiro flashes de locais onde havia concentração de torcedores. Existia uma preocupação de possíveis conflitos em algumas cidades onde existem grandes colonias turcas na Alemanha.

Felizmente nada de grave aconteceu. Mas a vitória da alemanha no último minuto fez com que a cidade ficasse acessa até muito tarde. Torcedores passavam pela rua gritando Final Final Estamos na Final.

Acordei varias vezes com a garganta ressecada pois a respiração pelo nariz estava parcialmente obstruida. Aquando acordei fiquei contente pois não vi manchas de sangue no travesseiro. Tomei café e peguei um taxi até o Michelsberg HNO Klinik. Lá chegando, existe um primeiro setor de cadastramento e triagem onde fazem o seu cadastro e abrem um ficha. Demorei uns 10 minutos para ser atendido e fiquei uns 15 explicando o que havia sido feito no dia anterior.

Depois de preparar a ficha ela me disse para aguardar que seria chamado pelo nome. A sala de espera era circular e haviam cinco salas onde os médicos faziam o atendimento. Demorei uns 40 minutos para ser chamado. A médica, também residente, já devia ter lido a ficha do médico anterior e me pediu para que sentasse na cadeira. Foi cordialmente seca no modo de me tratar.

Olhou para mim fixamente e disse que parecia estar tudo no lugar. Tentou limpar a secreção interna com um aparelho, que parecia ser um sugador, mas ele não funcionou. Ela pegou uma pinça, pediu para segurar uma bandeja e fez uma limpeza do septo.

Visualmente olhou que estava tudo no lugar e que não seria necessário fazer nenhum procedimento. Não havia hematoma do septo.. Ela me passou duas bisnagas de uma pomada com a finalidade de limpar a secreção e me liberou. Disse que eu teria de pagar em dinheiro e depois ser reembolado pelo seguro. Disse que tudo bem para não complicar a situação. Ela pediu para que eu esperasse na sala novamente. Me chamariam para fazer o acerto. Daí uns 5 minutos ela me chamou novamente e com outro médico na sala disse que ele gostaria de dar uma olhada no meu nariz.

Abriu as narinas com o alargador, apertou por fora e disse que estava tudo bem. Que não achava necessário colocar uma tala externa. Disse apenas para que eu evitasse qualquer novo trauma no local.

Falaram que eu deveria ficar pelo menos dois dias sem nenhuma atividade física intensa e que não deveria pedalar de forma alguma nesse periodo.

Saí do hospital e peguei a mesma linha de ônibus do dia anterior. Já estava chamando Ulm de tu. Ah, antes de sair do hotel pedi para a gerente avisar ao escritório de turismo que eu não poderia encontrar a guia que me esperaria as 9:40 na praça Munster. Eu ainda tinha um almoço com o diretor do escritório ao meio dia. Avisei que poderia não chegar dependendo do que acontecesse no hospital.

As 11:45 eu estava no escritório, mas o Sr Homburg havia tido um contratempo e não poderia almoçar comigo. A guia Gabriela me esperava para fazer um rápido city tour, pois ela tinha um compromisso dali a meia hora.

Voltei para o hotel por volta das 13:30 depois de comer uma Bratwurst mit brot ou um salcichão no pãozinho. Adoro esse lanche alemão, principalmente com a mostarda daqui.

Fui para o quarto e resolvi dar uma arrumada nos alforges. A guia tinha me dito que as 16 horas outro guia faria um tour mais longo comigo. Lá pelas 3 pedi para a gerente abrir a garagem onde havia guardado a bicicleta. Queria pegar a garrafa d´água que estava no quadro da bike.

Descemos até o térreo, caminhamos até a garagem que ficava no fundo do corredor. Ela destrancou a porta e a ergueu. Era uma porta basculante. A garagem era do tamanho para comportrar um carro grande, tinha uns 2,5 por 5 metros. Olhei para o fundo da garagem onde havia deixado a Scottinha.

Tinha um enorme vazio. Virei o rosto e olhei para a gerente. Ela olhou para mim e voltou a olhar para o fundo da garagem. Acho que repetimos a cena umas duas ou três vezes sem falar nada. Eu não queria acreditar no que NÂO estava vendo. Perguntei: A sernhora colocou a bicicleta em outro lugar?

Nein – disse ela, depois que você colocou-a ai não mexi mais na garagem. Eu disse a ela, mas haviam outras bicicletas ontem quando cheguei. Agora só tem uma ali.

- Aquela é minha, as outras eram de outros hóspedes.

Mas como eles pegaram as bicicletas? A senhora não veio aqui?

Não disse ela, com olhar atônito, dei a chave, eles pegaram as bicicletas e devolveram a chave na recepção.

Bem, ali estava uma possibilidade concreta de como passaram a mão na Scottinha. Ou alguns dos hóspedes a levou ou deixaram a porta aberta e alguém a viu e levou. Ela estava sem o selim e a trava do canote do selim. Ainda estava com a corrente predendo a roda traseira no quadro.

Quem a levou deve ter levantado a parte traseira e ido empurrando a tadinha.

Bem, voltei á realidade e olhando para a gerente perguntei o que faríamos, se deveríamos fazer uma queixa na polícia, ou qual seria o procedimento num caso desse.

Ela disse que não adiantava nada chamar a polícia. Eles não iriam fazer nada. Disse a ela que talvez fosse útil no caso de encontrarem a bicicleta e terem um registro do fato.

Ela disse que não, e que em quatro anos que tinha o hotel, sempre recebeu ciclistas da mesma forma e nunca tinha acontecido nada.

Ela me disse que não ficasse preocupado pois ela me pagaria outra bicicleta, já que a bicicleta estava sob sua responsabilidade. Ouvi aquilo com reservas, mas ela parecia estar falando sério. Estava com o boné da Scott e disse a ela que aquela bicicleta era dessa marca, mostrando o logo no boné.

Subimos para a recepção e ela pegou a lista telefonica. Ligou para duas bicicleta ias que conhecia, mas eles não tinham a Scott. Ela tentava lembrar o nome de uma grande bicicletaria para poder ligar para lá, mas não estava conseguindo. Depois de algumas tentativas conseguiu localizar e telefonar para lá. Quando ouvi ela dizer Sehr Gut entendi que eles tinham Scott.

Ela desligou e me disse para acompanhá-la. Iríamos de carro pois ficava a uns 2 Km de distância. Nos 5 minutos que levou para chegarmos na loja fiquei revendo a cena da garagem novamente e relembrando de outros pensamentos que havia tido naqueles momentos catatônicos.
Puxa, mas que dias estou enfrentando, com um nariz quebrado ontem e sem a bike hoje está ficando difícil chegar a Istambul.

Cancelar a viagem, não, de jeito nenhum, comprar uma bicicleta de touring e continuar a viagem? Ligar para o Brasil e avisar que agora a viagem tinha acabado? Nossa, muitas idéias passaram pela cabeça. Mas tudo girava na tentativa de encontrar uma solução para continuar a viagem.

Eu já não poderia pedalar nos próximos dias. Talvez esperar e ir de trem para Viena encontrar com o Renato que chegariam dia 29?

Chegamos à loja. Um verdadeiro supermercado de bicicletas. Eu já havia entrado numa loja dessa rede em outra viagem que fiz a Alemanha. Um vendedor se aproximou e nos cumprimentou. Pedi para ver os modelos de Scott Full Suspennsion que tinham na loja. Perguntei se tinham a Aspect FX-15 igual à minha. Mas a resposta foi negativa.

Tinha apenas modelos Genius, que são um nível acima da Aspect. Puxa, pensei comigo, não quero fazer a senhora gastar mais do que o necessário, mas não havia outras opções. Comecei com uma Scott e vou terminar a viagem com uma (outra) Scott. Entre os modelos disponíveis existam duas do tamanho Large e Extra Large, que serviriam para mim. Optei pelo modelo Extra Large que era de uma Genius 40, o modelo mais barato entre as duas disponíveis.

Falei para a gerente sobre o que estava acontecendo, explicando sobre os modelos disponíveis e ela disse que não tinha problema. Falou também para comprar o que precisasse a mais. Na hora lembrei do computador ou velocimetro e da garrafa d´água.

Disse a ela que iriam demorar para ajustar a bicicleta e que se ela quissesse poderia pagar e voltar ao hotel, pois eu voltaria pedalando. Justo hoje que não poderia pedalar, mas não havia o que fazer.

Ela pagou e foi embora. O vendedor pegou o meu peso para calibrar a suspeição da bicicleta e disse que demoraria meia hora para aprontá-la.

Tudo bem, fico me divertindo aqui na loja, vendo centenas de modelos diferentes. Entre uma prateleira e outra lembrei da bolsa do guidão. Não a tinham levado, mas o suporte dela foi-se embora. Sem ele não tinha como carregá-la.

Eles tinham alguns produtos da marca Topeak, mas não tinha esse suporte. Não dava para ficar sem a bolsa. A solução seria comprar outra bolsa com suporte próprio e eu veria o que fazer com a Topeak. Pensei em mandál-a para o Brasil, mas lembrei que ela poderia caber na mochila das costas .
Meia hora depois saia eu da loja com uma Scott novinha, melhor da que a que comecei a viagem, mas eu não estava feliz. Estava, como sempre, agradecido a Deus por estar ali pedalando e com uma bicicleta nova. O diabo diabo tira com uma mão e Deus dá com a outra. O percurso até o hotel tinha uns 2 Km. Cheguei a Munster Platz as 16:35 e fui colocar a bicicleta dentro do quarto, no t4erceiro andar do hotel sem elevador.

Deixei-a la e volte ao escritório de turismo onde um guia dever estar me esperando. Eram 16:45. A recepcionista disse que a guia havia esperado meia hora e havia ido embora. Expliquei-lhes então o que havia acontecido e as duas mulheres me olharam com cara de de dó.

O nariz deu uma leve sangrada, talvez pelo esforço da escada ou da pedalada, sei lá, ms foi muito pouquinho. Fiquei mais atento para evitar outros esforços.

A guia da manhã, Gabriela entrava no escritório e quando me viu, disse em espanhol sem sotaque, Jose Antonio a guia te esperou mas foi embora, era as 16 horas. Quando contei da bicicleta roubada ela não acredito. Que mala suerte disse ela.

Deixei um cartão e pedi que me enviassem material sobre a cidade para meu endereço em São Paulo.

Fui procurar um cibercafé para atualizar o blog. Voltei para o hotel e olhando para a bicicleta ali no quarto fiquei pensando um pouco sobre tudo. Eu sou muito mais sortudo do que azarado.


Por volta das dez da noite resolvi encaixar o bagageiro na nova bicicleta. Soltei o banco e canote da bicicleta antiga do bagageiro e ao tentar encaixar o novo canote do sellim no bagageiro ele não se encaixava. Tentei uma duas vezes e ai correu um frio pela espinha. O diametro dos canotes, que é o tubo que segura o selim, era diferente. A nova bicicleta tinha um diametro de uns dois milimietros a mais do que o outro.

Ai, mais essa não. Estava com oum outro problema para ser resolvido. Esse tipo de bagageiro que se encaixa no canote não é muito comum. O jeito seria voltar à loja na manhã seguinte para tentar achar um adapatador no qual eu pudesse usar o canote mais fino, ou outra solução.

Adianto para vocês que a noite foi muito mal dormida. Eu me sentia o Jack Bauer do Seriado 24 horas. A cada hora que passava tinha que lidar com uma nova crise.


Ciclovia ao lado do Danubio


Edificios de Ulm

Hotel Balança mas não cai

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Dia 11 Sigmaringen - Ulm - The real story

A noite anterior não foi lá das melhores, Acordei umas três vezes, na última com o joelho doendo. Tomei um anti-inflamatório e voltei a dormir. O despertador tocou inaplacavelmente as 6:30 e o segundo as 6:50. O café da da manhã começaria a ser servido as 7 da manhã. Eu planejava estar pedalando as 7:30 pois sabia que tinha mais de 100 KM para percorrer seguindo o guia do Danubio.

Foi difícil sair da cama, acabei descendo para o café as 7:30 e as 8:15 estava na rua. De Sigmaringen eu partiria para alcançar Ulm no final da tarde. Não sei se pela noite mal dormida, ou por estar batendo saudades, eu não conseguia pegar ritmo de pedal. Fui um pouco mais lento do que o costume. O cenário era totalmente diferente do dia anterior, planícies com plantações de trigo, milho e feno pareciam disputar os planos que me rodeavam. Hoje, o Sol que não aparecera no dia anterior, veio com total força.. Reaplicava o protetor solar a cada duas horas. Com 47 Km de percurso cheguei a vila de Riedlingen. Dei uma volta na parte antiga da cidade, onde vi várias esculturas de cegonha estilizadas espalhadas pela cidade. Parei para tomar uma super taça de sorvete de chocolate por 4 Euros.


Riedlingen



cegonha

Pedal na estrada novamente, próximo ao Km 70 analisei a rota e resolvi sair da ciclovia para evitar de passar pela cidade de Ehinger. Iria mais pela direita e cortaria uns 5 Km. Acabei me dando não muito bem, pois meu desvio ficou maior do que eu imaginava, mas mesmo sim me colocaria na direção da vila de Griesingen, depois de Ehingen e de volta à ciclovia.



caminho

Mesmo sem a motivação dos dias anteriores, pedalava mais forte do que na parte da manhã. O mapa não mostrava a topografia, que acabava tornando Griesengen uma pequena vila no alto de uma colina. Não muito ingríme, mas o suficiente para requerer algumas pedaladas mais fortes para atingir seu ponto mais alto.


Não havia viva alma na vila, pelo menos nas ruas. Quando começou a decida que me levaria de volta à ciclovia resolvi dar uma olhada no mapa.

Bem, aí a viagem mudou. Sozinho, numa vila deserta, acabei cometendo um descuido de dois segundos que me custaram caro.

Enquanto batia os olhos no mapa, percebi a traseira de um carro abaixo do mapa. Acho que não demorou 1 segundo, mas pude ouvir um grande estrondo, o porta-malas debaixo de mim e a minha cabeça batendo contra o vidro traseiro do carro. Escutei um barulho de algo quebrando, como um placa de isopor que é partida. Pensei, nossa o vidro esta se quebrando. Ao bater no para-choque do carro a Scottinha virou para a esquerda, pois foi a minha tentativa de frear e desviar. Quando fui jogado para trás no movimento de ação e reação da física olhei para o vidro do carro e ele estava inteiro. Eu ainda segurava o mapa-guia na minha mão quando percebi algumas gotas de sangue caindo sobre ele e sobre a bolsa de guidão.


Quem tinha quebrado era eu, não o vidro. O nariz começou a sangrar, gotas grandes caiam no chão. Sai de cima da bicicleta e peguei a viseira do capacete que tinha caído. A bicicleta estava de pé, debaixo de mim. Não sei como voltei a posição vertical na hora que voltei de cima do carro. Sai de cima dela e comecei a empurrá-la para encostá-la na calçada. Nesse momento escutei a voz de uma mulher dizendo Herr, Alles Gute? Algo do tipo Senhor, tudo bem?.

Com o nariz jorrando sangue disse que sim. Ela indicou a entrada da garagem de sua casa para colocar a bicicleta. Levei a bicicleta até a entrada da garagem, mas pedi para que ela empurrasse a bicicleta, pois quando parei, pingava muito sangue e eu não queria sujar sua garagem. Era uma senhora de uns 50 anos, que não falava muito inglês. Como meu alemão não é dos melhores, mas o suficiente para dizer a ela que tinha quebrado o nariz.


Ela me apontou a porta da casa enquanto sua filha trazia uma toalha para que eu tentasse limpar o rosto. Entrei na sua casa e pedi gelo. Ela foi buscar, tinha muito pouco, mas o suficiente para encher um pequeno saco plástico.

Eu não sentia dores, apesar de saber que o nariz estava quebrado. Aproveitei para ver se tinha alguma escoriação no rosto e em outras partes do corpo, mas parecia tudo perfeito. A filha de 16 ou 17 anos falava inglês e traduzindo a mãe, me disse se não queria que chamassem um médico.

Agradeci, disse que tinha um seguro saúde e que iria chamá-los. Griesingen não tinha hospital. Do jeito que eu estava não daria para chegar pedalando até Ulm, faltava uns 25 Km. Continuei com o gelo no nariz por alguns minutos até que parou o sangramento. Ela havia ligado para sua irmã que falava bem inglês e que insistia para que chamassem um médico.

Agradeci novamente. Perguntei se tinha trem da vila para Ulm. Disseram que não, apenas ônibus, mais no fim da tarde. O acidente aconteceu por volta das 14:45. Disseram que de Ehingen havia, mas que ficava a uns 6 Km.

Disse a elas que iria verificar como estava a bicicleta, e se ela estivesse em condições eu pedalaria até Ehingen e tomaria um trem para Ulm.

Imaginei que a roda dianteira tivesse entortado, alguns raios quebrados. Eu devo ter batido, mesmo com a freada de segundo que dei, a uns 30 ou 35 Km/h. Levantei a parte dianteira da bike e girei a roda, perfeita ela estava. Pressionei e soltei o freio dianteiro, tudo em perfeito estado.

Novamente agradeci a ajuda e me despedi. Havia uns 500 m de descida até o final da vila quando eu encontrei uma rodovia vicinal e a ciclovia que se tomada á direita me levaria para Ullm. Só que agora eu tinha que tomá-la para à esquerda. Pedalei nas marchas mais leves para não forçar os batimentos cardíacos tentando evitar o sangramento do nariz. Uma ou outra gota caiam. Dois quilômetros depois cheguei a vila de Nasgenstadt e não acreditei no que vi, uma subida ingreme de pelo menos 1 Km.

Caramba, mais essa, comecei a subida na marcha mais leve, mas depois de uns 300 metros algumas gotas de sangue começaram a cair com mais frequência Desci da Scottinha e comecei a empurrá-la.

Depois dessa malvada subida, um descida de 500 metros me levou a parte baixa da cidade. Num semáforo pedi informações a um motorista sobre a Banhof, estalão de trem, e ele me disse para virar a direita e ir sempre em frente. Uns 8 quateirões depois estava em frente à estação. Acorrentei a bicicleta e perguntei quando partia o próximo trem para Ulm que permitia levar bicicleta. Perguntei também quanto custaria para levar a bicicleta. Na Alemanha, alguns trajetos que permitem bicicleta, cobram um adicional.

A senhora me disse que o próximo trem partiria em 20 minutos e que não era cobrado nada pela bicicleta. Peguntei sobre o procedimento para carregar a bicicleta e ela me disse que deveria procurar uma porta que tivesse um desenho de bicicleta ao lado. Bastava colocar a bicicleta dentro do trem por aquela porta.

Paguei 5,15 Euros pelo bilhete e segui as instruções sobre como chegar a plataforma 3. Embarquei, prendi a Scottinha e sentei próximo a ela. Tirei um rolo de papel higienico da mochila, cuja finalidade era obviamente para outras situações de emergência e fiz um pequeno rolete de papel. Esse pequeno tubo eu coloqeui dentro da narina direita, a mais afetada e pela qual sangrava o nariz.


Fiquei pensando no acidente, como fui burro. Me acidentar no lugar mais improvável, e com um único responsável, eu mesmo e minha falta de concentração. Cheguei em Ullm as 4:30 e liguei o GPS do Moto Q para ir ao hotel. Lá liguei para a World Plus, empresa pela qual faço meus seguros de viagem. Eram 17:20. Expliquei o que acontecera, passei os dados do lugar onde estava e o número do meu celular da TIM dee São Paulo e que estou usando em roamming. Em meia hora me ligaram do Brasil dizendo que já haviam contatado alguém na Alemanha e que essa pessoa me ligaria em seguida, Uns 10 minutos depois ligou uma moça de nome Sabine, me dizendo que estava passando um fax para o hotel onde eu estava com uma autorização de débito para as despesas no hospital.

O fax chegou em dez minutos com a indicação do Hospital Universitário de Ulm. A gerente do hotel chamou um taxi e quando esse chegou mostrei o endereço do hospital. Falando em alemão disse ao motorista que tinha quebrado o nariz. Ele me disse que então não era naquele hospital era em outra unidade.

Eu disse que era o endereço que me passaram. Por sorte a Sabine ligou novamente e eu passei o telefone para o motorista. Ela me explicou então que o motorista estava certo, pedindo para que fossemos para o novo local.




Chegando ao hospital, ele me deu orientações sobre onde ir, mas quando eu estava descendo, ele disse para eu voltar, pois leu que aquele local ficava abeto até as 18h e já eram quase 19. Deu a ré com o carro e me deixo uns 100 m do local onde me apontou onde eu devia ir.


Na entrada tinham duas moças conversando com uma atadura no nariz. Bem, eu estou no lugar certo, pensei. Entrei no hospital e fui ao setor de emergência. Não havia viva alma. Meu alemão é básico e não inclui muitos termos médicos. Andei pelo corredor encontrei uma enfermeira. Disse que tinha quebrado o nariz e ela me disse para ir até o final do corredor e apertar um botão de interfone. Foi o que fiz.


Quando atenderam disse sobre o meu nariz e me responderam para esperar na sala á minha frente. Em 5 minutos um médico chegou e pediu para que eu preenchesse uma ficha. Após outros 5 minutos a porta se abriu e fui convidado a entrar num coinsultório. O médico de seus 27 anos devia ser residente ou algo parecido, mas gostei dele. Ele me fez perguntas sobre o acidente, se eu havia perdido a consciencia, se tinha visão duplas, e apalpando diferentes partes do meu rosto verificou que seu não estava com dentes ou maxiliar quebrados.


Me explicou dos procedimentos que seriam tomados. Ele precisaria esperar até o dia seguinte para ver se não ocorreria um hematoma do septo. Caso isso acontecesse seria necessário fazer uma drenagem. Em caso negativo iriam colocar uma tala para manter o nariz na posição. Me passou um remédio para pingar no nariz de 4 em 4 horas e preencheu uma ficha com meus dados no computador.


Nesse momento a Sabine ligou novamente para saber se eu havia sido atendido e mais uma vez passei o telefone para o médico para que ele lhe explicasse os procedimentos. Isso feito, voltei para o hotel, agradecendo ao Roth, esse era o nome do médico pela atenção que me dispensara.

Não havia taxis na porta do hotel. Vi que na esquina tinha uma rua com mais movimento. Fui até lá e vi um ponto de ônibus. Perguntei se passava algum onibus que me deixasse próximo a Munster Platz onde eu estava. Uma senhora me deu indicações sobre o ponto onde eu deveria descer.


Liguei para o Brasil para avisar o que tinha acontecido e pegar o telefone do meu otorrino, o famoso Dr João Armando Padovani. Consegui falar com ele lhe enviei pelo celular, em seu email, uma foto com a cara do sujeito de nariz quebrado. Ele me confirmou o procedimento do médico e disse que estaria me ligando no dia seguinte para ver como foi o segundo exame. Me passou também algumas recomendações, como a de evitar sol, passar protetor solar para evitar manchas no nariz. Fiquei pensando, como a tecnologia pode nos ajudar. Quando uma situação dessas poderia ser imaginada há dez ou quinze anos.


Fico feliz de estar escrevendo essas linhas no meu MOBO da Positivo, que descobri resistir a impactos de até 30, Km pois ele estava na mochilha em minhas costas quando bati no carro.

Agradeço a Deus, acima de tudo, de ter evitado que algo mais grave tenha acontecido.


Tenho certeza de que em dois ou três dias estarei continuando a viagem rumo a Istambul.


Quem me ve pela primeira vez normalmente diz que sou irmao gemeo do Richard Gere. Olha so o estrago da batida.


Como no meu planejamento de viagem eu iria ficar duas noites em Ulm, parece que não perderei muitos dias e conseguirei estar em Viena dia 3 para encontrar meus amigos Renato e Ferreira que vão se juntar a mim até Sofia na Bulgaria.

Dia 11 Sigmaringuen - Ulm provisorio

Esse relato e provisorio e sera substituido pelo definitivo amanha.

Cheguei a Ulm no final da tarde. Meu hotel fica na Munster Platz, em frente a catedral. A foto foi feita da janela do quarto com o Moto Q.

Hoje tive alguns contratempos que serâo relatados com detalhes na proxima postagem.

A Alemanha esta uma loucura. Ganhou de 3x2 da turquia e vai disputar a final da Euro Copa. E meia noite e a cidade e um buzinaço só.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Dia 10 - Donaueschingen - Sigmaringen

Mapa da Rota


Moca chorando pelos mortos da primeira guerra

Mas acho que foi pelo bonitao que nao parou (hehehe)


Rua de Sigmaringen Desculpem a falta de acentos, mas o teclado alemao nao colabora muito com a nossa lingua patria.

Ontem durante a visita que fiz a cidade de Donaueschingen parei numa
bicicletaria e comprei um par de galochas, ou seja la qual for o nome
para a capa que cobre o sapato. Eu nao estava confiando muito no tempo para o dia seguinte.

Fui dormir tarde, apesar de estar descansado. La pelas 2 da manha
acordei com um trovao. Bem, pensei eu, amanha estara melhor. O dia estava bom para quem pedala. Estava nublado mas nao com cara de chuva.Sai do hotel as 9 da manha no sentido nordest para Sigmaringen. Posso dizer que o percurso como um todo era em declive, mas de tempos em tempos eu tinha que escalar um paredao. num momento estava no nivel do
Danubio e dai a 200 metros estava a 60 ou 70 metros acima dele.


Olha so uma das subidas bravas para tranpor a ferrovia Minha rota inicial previa 76 Km, o precioso guia de rotas de bicicleta
do Danubio que ganhei do Escritorio de turismo de Donuaeschingen mostrava detalhadamente o caminho e computava 88 Km. No final, o meu computador de bordo me mostrou 95 Km.

Nesse percurso nao se fica mais do que 10 ou 15 Km longe de alguma vila. Depois de uns 40 Km o Danubio se afunilou num vale com altos penhascos. Paredes de rocha com mais de 200 metros de altura davam um contorno excepcional ao vagaroso Danubio, que por estas paragens nada lembra o Danubio que corta Viena. Nesse caminho tem horas que ele fica com 4 ou 5 metros de largura e com meio metro de profundidade.

O estreito vale presenteia os ciclistas, que desta vez resolveram aparecer. Passe ou passaram por mim mais de 20 ciclistas, a maioria casais ou grupos de 3 ou quatro pessoas.

A maioria nao da muita bola e segue o seu caminho, com dois casais, um de ingleses e outro de alemaes pude trocar um pouco de conversa sobre nossos destinos.

Durante boa parte do percurso caia alguns pingos, mas que nao justificavam colocar uma protecao maior. So que pelo Km 50, a chuva caiu de vez, e eu dei gracas a Deus por ter comprado as polainas. Me fechei inteiro e protegi o alforge dianteiro e traseiro com suas capas.

A chuva ia e vinha ate a minha chegada a Sigmaringen que aconteceu as 17:horas. Liguei o GPS do Moto Q para ir direto ao Hotel. Na chegada a chuva resolveu apertar eu acabei chegando molhado de suor dentro da
roupa de chuva.

Houve um problema com a reserva e eles nao a localizavam. Liguei para o Centro de Turismo Alemao em Sao Paulo usando o roamming da TIM e avisei
para a Flavia do que estava acontecendo. Em dois minutos ligaram para o hotel e conseguiram achar o email que confirmava a reserva. Obrigado Flavia!

Me puseram no terceiro andar, que era o sotao do predio, onde o telhado ja se inclina. o quarto e pequeno mas confortavel.

Hoje apesar da aparente descida, estou bastante cansado. Os diveros paredoes acabaram despertando a dor do joelho direito. Mas nada muito grave. Nao sei porque estou com menos sensibilidade na ponta do dedo
anular da mao esquerda. E olha que nao fiquei xingando os motoristas daqui, pois todos ate agora respeitaram o ciclista que vos escreve como se deve.

Depois de meia hora da minha chegada, o sol voltou a aparecer. Amanha vou para ULM onde ficarei dois dias e farei uma visita mais detalhada a cidade.


Preparado para a chuva

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Dia 09 - Apenas Donaueschingen

****** No caderno de Turismo do Estado de Sao Paulo desta terca dia 24-06-08 sai materia sobre essa viagem *****

Depois de oito dias pedalando ficar um dia inteiro sem fazer o mesmo movimento circular com as pernas foi estranho, mas nada mal. O dia foi de total turista. As 9:40 Anke Muller, me apanhou no hotel e me levou ao escritório de turismo de Donaueschingen onde fui apresentado a Sra Karen que seria minha guia na cidade que figura na história a mais de 1100 anos.Foi em 1723 que o príncipe Josef of Furstenberg mudou-se para a cidade que se tornou o centro do seu principado.

A cidade de 22 mil habitantes tem como atração principal a fonte do Danubio. Já conhecida pelo Imperador romano Tiberius que a visitou no ano 15 AC. A fonte natural brota de 150 metros de profundiade e hoje é envolvida por um beiral que orna a estatua da Mãe Baar ( o nome da região) segurando no colo a Filha Danubio e apontado para o leste, a direçao do Mar Negro onde ela alcançara depois de percorrer 2840 Km e passar por dez países.

**** A fonte do Danubio foto
O Danubio nasce nessa fonte, cujas águas escoam por uma passagem subterranea até o rio Brigach. Lá foi construido o Templo do Danubio, em estilo grego para marcar esse importante encontro.

***** O templo do Danubio

Um quilometro abaixo esse rio se junta com o rio Breg e marca o ínico efetivo do que se chama Rio Danubio. *** Nascimento do Danubio na confluência do rio Brigach e Breg Aqui em Donaueschingen também começa a ciclovia do Danubio que termina em Belgrado e que eu pretendo percorrer do inicio ao fim. Recebi de presente do escritório de turismo um livro-guia da ciclovia. Isso me ajudará muito na continuação da viagem. Pelo livro tenho uma visão clara da distãncia entre as cidades.

De cara já vi que vou pedalar mais do que imaginava ou terei em alguns casos que cortar caminho para evitar algumas curvas do rio. Visitei no final do dia um museu criado e mantido por um grupo de amigos para preservar as tradiçoes locais. A festividade não pode ser comparada ao carnaval, mas tem a finalidade de comemorar o final do inverno, inicio da primavera e o periodo de 40 dias de jejum.



Fiz uma comparação da queima de calorias de um dia normal e um dia de pedalada. Hoje liguei o frequencimetro as 9 da manha e desliguei-o as 5 da tarde. Queimei 1827 calorias. Batimentos cardíacos médio e máximo ficaram em 84/126. Num dia de pedalada esses números ficaram em torno de 6000 calorias e os batimentos médios 125 e máximo 170. Por isso, hoje não comi como um leão, mas como um gato, tipo Garfield.

Minha chegada à cidade gerou até uma nota no jornal da Região. Quem souber alemao pode ler a vontade.

***** Jornal

Só para aqueles que não acreditam em cegonha, elas existem sim. ***cegonhas

domingo, 22 de junho de 2008

Dia 08 Freiburg Donaueschingen

Dia 08 – Freiburg – Donaueschingen


A noite anterior foi bem dormida, só quando o Motoquinho me acordou as 7:50 voltei ao mundo dos vivos. Fui tomar o café da manha com o mapa na mão. Alguém precisava me indicar o caminho mais fácil para Donaueschingen. A primeira resposta que tive foi para ir de trem.

A atendente do hotel me recomendou um caminho que saia a leste de Freiburg e depois subia ao norte para Saint Peters, de lá para Saint Margen, Ulrach e Donaueschingen.


Sai do hotel pouco depois das nove horas e resolvi perguntar para dois Taxistas qual seria o melhor caminho. Quando disse ao primeiro no meu limitado alemão que queria ir para Donaueschingen de bicicleta, ele olhou para o outro taxisita que colocou as duas mãos na cabeça dizendo o nome de alguma santa alemã que não entendi.


Bem, sabia que não seria fácil, mas como meu lema é chegar ou chegar, aceitei a indicaçao do taxista para ir ao norte até Glottertal e de lá para Saint Peters e o restante do caminho igual à indicação que tive anteriormente.


Até Glottertal foi tudo plano, 11 Km.Lá parei para pedir água numa padaria. A senhora resolveu ver se a água estava fria. Enquanto a água corria da torneira para dentro da caramanhola, ela punha o dedão para ver a temperatura da água. Fez isso umas quatro vezes e falou um palavrão em alemão. Ai foi para o fundo da padaria e encheu a caramanhoa em outra torneira. Felizmente não vi se ela usou o mesmo método de teste de temperatura da água.


Hoje acho que bebi uns 5 litros. Estava muito quente.

Depois de Glottertal a montanha mostrou seus dentes. Uma interminável sequência de subidas por mais 30 Km. Alguns trechos a velocidade caia para 6 ou 7 Km e na maior parte do tempo ficou entre 8 e 9. Por miim passaram pelo menos uns vinte cilistas em bicicletas do tipo speed com aqueles invejáveis pneus de 20mm de largura e sem nenhum peso


A maioria passava sem cumprimentar, depois de uma hora de subida cheguei a Saint Petters.


Saint Peters

Parei para pegar mais água e continuar para Saint Margen. A subida ficou mais suave mas não deixo de ser subida, e agora sem a proteção das árvores que existia na parte mais íngreme.


Alto da serra


Em Saint Margen parei para almoçar. Estava faminto e comi bem. Uma salada, um prato de filé de porco e um super sorvete como pode ser visto no relato anterior.




De Saint Margen programei o Motoquinho para me levar para Urach. Ele apontou mais 17,5 Km. Eu já estava na parte alta e `plana´ da montanha os proximos 5 quilometros foram leves subidas e descidas. Lá pelo quilometro 45 começou, finalmente, a descida. Por uns 4 quilometros desci a mais de 60 Km/h. Passei por Urach onde vi uma igreja muito bonita.


Igreja em Urach


Descanso no ponto de Onibus



E continuei descendo até uns 5 Km antes de Donaueschingen, quando tive que subir novamente.




Já ás portas da cidade o Motoquinho me avisava para virar à direita. Quando vi que tinha outra subida, falei para ele, de jeito nenhum. Continuei em frente e ele recalculou o caminh, um pouco mais longo, mas com menos subida.




Cheguei ao MediCin Baar Zentrum uma mistura de clinica de repouso com hotel. A Adriana do escritório de Turismo Alemão me disse que eu seria o primeiro enviado a ficar nesse hotel/ clínica.




O lugar é muito grande, com vários blocos e muito tranquilo. Na recepção fiquei esperando uns minutos pois não havia ninguém. Uma moça chegou e eu me apresentei. Ela me deu a chave do quarto, 51, e me disse num inglês bem limitado os horários de funcionamento. Enquanto esperava por ela, pensei: Como são os hóspedes daqui? A resposta veio em 15 segundos, apareceram virando o corredor, uma senhora empurrada numa cadeira de rodas, outra caminhando com um andador e um senhor, esse sim, em boa condições, de bengala.




Passaram por mim, e foram para uma outra ala, que depois entendi ser a ala geriátrica, Falei para a moça que precisava guardar a bicicleta e ela disse que me acompanharia pois teríamos de dar a volta por fora do edifício. Perguntei sobre o jantar e ela me disse o horário, dizendo que não dominava muito o inglês e que tinha dificuldades com horas e números.




Bem, isso eu provei na prática. O jantar que entendi começar as 19:30 acabava naquele horário. Quando cheguei lá as 19:45 já estava tudo fechado. O jeito foi comer o lanche que tinha feito no café da manhã.




Bem, agora vou atualizar o blog, pois descobri um micro do hotel que tem acesso à internet. Amanhã ficarei por aqui novamente, pois será o meu primeiro dia de descanso da viagem e o corpinho aqui já está sentido.

Dia 08 no meio do caminho

São 14 horas e andei apenas 32kn. Subi duas serras de campos do jordao. Acho que eu mereco este sorvete faltam um 35km que espero fazer ate as 19 horas

sábado, 21 de junho de 2008

Dia 07 Belfort - Freiburg (Alemanha)

Acordei as 6:30 e me preparei para tomar o café as 7 da manhã. As 7:45 coloquei a Scotinha na rua. Segui os conselhos da guia de turismo de Belfort, a simpática Carola, e pedalei em direção ao canal do Rhone au Rin. Esse canal me levaria até Mulhouse onde eu poderia continuar para Colmar pelas estradas convencionais.

Cheguei em Mulhouse perto das 11 da manhã. Foram 47 Km cobetos em 2:35. Uma média bem alta. Fui até o centro para achar o escritório de turismo e depois de rodar um pouco consegui encontrá-lo. Na porta estavam um casal de alemães que me disseram que o escritório estava fechado. A senhora apontava para a porta onde dizia que funcionava 7 dias por semana das 10 a 19 horas.

Lendo atentamente, em francês, vi que existiam dois escritórios. Aquele onde estávamos fechavas nos finais de semana. Peguei o endereço do novo e fui com os alemães até lá. A moça não foi lá das mais simpáticas. Perguntei se ela tinha um mapa da região, até Colmar e recebi a resposta de que a papelaria da esquina vendia mapas.


Peguntei sobre a rota para Colmar em bicicleta e ela me disse para seguir a rota do Vinho, me dando um mapa que mostrava em desenho, as estradas e víniculas. Percebi que seria uma parte montanhosa. Ai notei pela posição do mapa que colmar ficava na mesma altura de Freiburg, só que bem mais para a esquerda. Como no dia seguinte teria de pedalar de Colmar para Donaueschingen, resolvi ir na papelaria e achar um mapa que me ajudasse.


O GPS do MotoqQ funciona de maneira impecável, mas ele sempre acha que eu estou dentro de um BMW com muitos cavalos sobrando no motor. Alias por falar em potência de motor, lembrei que quando estava saindo do hotel de Besançon um casal de ingleses que também deixava o hotel olhou para a minha bike e disse sorrindo, Acho que eu tenho mais Horse Powers (HP) no meu veículo. É, respondi, mas no meu tem mais força de burro de carga do que o seu. Demos todos risadas e partimos.


Bem voltando a Mulhouse, decidi esticar até Freiburg. Pelos meus cálculos seria uma pedalada de uns 110Km, mas que valeria a pena. Eu encurtaria uns 30 Km da rota do dia seguinte, que bem sabia eu que teria montanhas nada fáceis para atravessar. Assim eu estaria reduzindo a rota planejada de 105 para 70 Km, o que me daria mais folga para percorrer o caminho.


Achei um cibercafé e fiz o cancelamento da minha reserva em Colmar. O hotel custaria 72 Euros mais 11 do café da manhã. Tentei fazer uma reserva nas redes que costuma ficar, mas elas não tinha hotéis ou não tinham vaga. Resolvi seguir e ver o que encontraria quando chegasse.


De Mulhouse segui para Chalampe, última cidade francesa do meu roteiro. Ao atravessar o canal já me encontrava na Alemanha.


Ultima cidade francesa


bike em chalampe


O canal da Alsacia


Segui pela ciclovia, ao norte por uns 22 Km até Hartheim. De lá segui por estradas vicicnais ou ciclovias em direção aá Munzigen, Opfingen e Freiburg.



Fui para a estação central de trem pois lá encontaria hoteis ou informaçoes. Achei um grande hotel e descobri que não havia vagas, pois estava tendo um jogo da Euro Copa em Basel na Suiça e por isso quase todos os hoteis de Freiburg estavam lotados. Que bom, e olha que eu nem gosto de futebol. Mas o meu olhar de cachorro pidão fez com que a moça do hotel ficasse com dó e ligasse para outro hotel. Ela encontrou um quarto com café da manhã por 100 Euros. Peguei na hora para não correr o risco de dormir num banco de praça.


Indo para o hotel. Resolvi dar um pulo na praça Munster onde fica a catedral gótica da cidade. Rodando por lá vi alguns pequenos hoteis e consegui um quase negocião. Um quarto com café da manhã por 45 Euros. O único detalhe. Tinha pia e chuveiro dentro do quarto, mas o banheiro era fora, no corredor.


Pensando no meu orçamento, 55 Euros de economia me fizeram aceitar o banheiro externo. Cancelei o outro hotel, tomei banho e fui jantar, lá pelas 20:30 com o sol ainda alto. Lembrei que era sábado á noite e isso merecia uma pizza, de quatro queijos, minha preferida.


Foi o maior percusso de um dia, 126Km, muito próximo ao do primeiro dia, mas dessa vez, cheguei numa condição bem melhor. Cansado mas não arrasado.

Não achei cibercafé e por isso voltei ao hotel para escrever com mais calma o diário e mandar uma atualização resumida pelo Motoquinho.

Freiburg é uma cidade encantadora. Pena que cheguei tão tarde.


Dados do dia:


Belfort (França) -Freiburg (Alemanha) : 126.5 Km

Duraçao : 11:30

média: 17,4 Km/h

Acumulado: 697 Km

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Dia 06 Besancon-Belfort

Hoje o percurso foi muito agradavel. Ao longo do rio Doubs percorri 70 km ao longo do rio ate a cidade de Monbeliard onde rumei norte para a encantadora Belfort. A cidade tem cerca de 50 mil habitantes mas e um cento de tecnologia.
Entre dois platos de montanhas a cidade tem uma historia importante na defesa francesa contra os paises do leste; cujos exercitos tinham que passar pelo vale para alcancar a regiao central do pais. Assim como besancon. Ela e vigiada poe uma citadelle que tem aos seus pes uma estatua de um leao. Simbolo da resistencia da cidade.

Pude passear pela esplanada ao lado do rio que divide a parte antiga da moderna e admirar a beleza dos jardins epontes da cidade.

Já estou pegando o ritmo da viagem e acordando cada vez mais cedo. Amanha o destino e Colmar; ultima cidade francesa.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Dia 05 Dijon - Besançon


Dia 05 – Dijon – Besançon

Hoje acordei mais cedo e fiz uma opção de ir pelo percurso menos bonito, mas que seria mais rápido com uns 90 Km Ao invés de descer o Canal da Borgonha em direção a Dole, cortei pelas planices que dividem a região da Borgonha e da Framche-Comte.

Cheguei em Besançon ao redor das 14 horas. A cidade fica encrustrada no vale do rio Doubs. O que mais chama atenção quando se chega é a enorme fortaleza, chamada de Citadelle. http://www.citadelle.com/. Foi construída entre 1668 e 1888. Hoje, totalmente restaurada ela funciona como um Museu e uma interessante combinação de zoológico e aquario, que embora pequenos atraem muitas crianças


Uma vista parcial da cidade de Besançon com o rio Doubs vista a partir da Citadelle.




A cidade também adotou o uso de bicicletas públicas. Estas estão ao lado da estação de trem e do monumento aos mortos da primeira guerra mundial

A cidade tem filhos ilustres como o escritor Victor Hugo e os irmãos Lumiére, inventores do cinema, que curiosamente nasceram na mesma praça em Besançon.

Amanhã vou serpentear o rio Doubs em direção a Belfort. Serão aproximadamente 90 Km. O joelho melhorou bastante. Ele descobriu que não tinha outra opção. Ou melhorava, ou melhorava. Hoje o diário está curto pois estou atualizando so com o celular.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Dia 04 cheguei a Dijon



Dia 04 – Saulieu – Dijon.

Antes de contar do dia de hoje precisto terminar o dia anterior. Quando disse que pedalei como um vassalo e dormi como um Rei, a explicação estava no maravilhoso quarto do hotel Relais Bernard Loieau. A cama estava tão boa que dormi tão bem a ponto de acordar antes do despertador.




Fui apresentado ao Chef da cozinha do hotel, que também gosta de pedalar. Aí aconteceu algo interessante, ao invés de me dar uma receita de um prato, ele me deu a receita de um emplasto para colocar no joelho, pois ele havia tido o mesmo problema.


Bem, mordomias a parte, que parecem não vir muito cedo novamente, eu levantei as 7 e comecei a pedalar por volta das 8 da manha.

No dia anterior eu havia subido muito, principalmente na parte final, e hoje, comecei descendo nos 5 primeiros quilômetros. Tinha que chegar até Poully-en-Auxois onde pegaria o canal da Borgonha para pedalar mais 60 Km até Dijon.


Nas pequenas vilas o tempo parece não passar.

Lendo um guia da região, vi que havia um castelo numa cidade que se chama Commarin, um pouco afastada do canal, mas ainda na direção que teria de seguir. O castelo de Commarin é lindo e super bem conservado.






Resolvi almoçar decentemente, na pequana cidade e durante a refeição analisei o mapa, consultei o GPS do MotoQ e resolvi fazer um atalho para ganhar uns 15 Km. Em termos de quilometragem me dei bem, mas peguei uma subida de 7 quilômetros onde não ia a mais de 6 ou 7 por hora.



Pelo menos valeu uma bela foto de Commarin.

O atalho que peguei me levou à Barbirey-sur-Ouche que ficava a 28 Km de Dijon, agora ao longo do canal e com a certeza de um plano lisinho à minha frente.

O joelho ainda dá notícias, e quando cheguei a Dijon fui comprar o produto que o Chef havia me recomendado.

Hoje foi o dia mais curto em termos de quilometragem e tempo. Mas mesmo assim, fico sem poder conhecer bem os lugares que chego.

Dijon é uma cidade muito bonita e que tem um parque público com uma lago com mais de dois Km de extensão. À medida me aproximava de Dijon o chão de cascalho da ciclovia mudou pra asfalto e cruzei com pelo menos uma duzia de ciclistas com bikes a la Tour de France. Muitos casais com patins em linha passaram e me ultrapassaram. Não havia imaginado como eles podem ser rápidos.




Dados do dia:

Salulieu- Dijon : 84.7 Km
Duração: 8 horas
batimento cardiáco médio/máximo : 120/170
calorias : 4677
Total pedalado: 397.6