segunda-feira, 30 de junho de 2008

Dia 16 Passau

Hoje o dia foi de visita a esta cidade incrivel. Desculpem a falta de acentos e erros ortograficos. Os teclados daqui nao ajudam muito.

As 9:30 me encontrei com a Sra Vasquez, uma chilena que mora a uns 25 anos aqui em Passau.

Ela me disse que a estacao de rádio da cidade queria fazer uma entrevista comigo, assim como o jornal local. Foi bastante curioso dar a entrevista, em ingles, e que era traduzida para o Alemao pela Sra Vasquez.


Passau é um triangulo onde desaguam tres rios. o Danubio pela direita, o Inn pela esquerda e o Ilz pela direita também.

A cidade guarda muitos tracos medievais e tem muita história que farei questao de colocar no livro da viagem.

Os rios sao bordados por encontas altas onde algumas fortalezas dominam o horizonte.

Na parte da manha andamos por boa parte da cidade e a Sra Vasquez me levou numa livraria onde comprei dois guias de cicloturismo do Danubio. Comecei a pedir o livro, em alemao, quando ela disse para falar portugues. A vendedora era brasileira. Era a primeira vez que falava portugues pessoalmente com alguém desde o dia 15 de junho. Comprei um livro de Viena a Budapeste e outro de Budapeste até o mar Negro, passando por Belgrado, o que me interessava.

O guia entre Passau e Viena recebi de presente do escritório de turismo local.
Almocamos la pelas 2 da tarde e conversamos bastante. Acho que ela precisava de um ouvido latino para poder falar espanhol.

Me contou bastante sobre o modo de vida alemao e as experiencias que pessoas de fora passam para se adaptar aos costumes locais.

Depois do almoco ela me deu uma carona ate o correio onde despachei para o Brazil o guia do Danubio alemao que eu nao precisaria mais usar. Nele ficaram registradas o que chamo de paginas sangrentas. aquelas que ficaram coladas com os pingos de sangue da batida. Parece mórbido mais é fato. basta procurar pelas páginas ´vermelhas´para saber onde foi o acidente.

Por falar nisso, o nariz vai bem. nao esta saindo mais secrecao e amanha volto a pedalar no percurso de 100Km ate Linz. Vou sair uma hora mais cedo do que o normal para poder ir bem devagar e ver como o nariz reage. Continuo com cara de guaxinin. Acho que mais uma semana para voltar ao normal.

Assim que puder atualizo esta postagem com fotos que fiz hoje.

Dia 15 Kelheim - Passau



A estacao de Kelheim (saal)
Acordei as 6:50 com o despertador do relógio tocando, eu havia esquecido de desligá-lo, e depois as 8 com o Motoquinho tocando a corneta.

Desci, tomei café voltei ao quarto, peguei os alforges e desci para montá-los na bike. Cheguei em Saal as 9:10 da manhã. Não havia guiche para venda de bilhetes, apenas uma máquina automática.

Comecei a ler e entender o funcionamento da mesma. Existia uma tabela de destinos onde aparecia o nome da cidade e um código de quatro dígitos. Eu deveria digitar aquele código num teclado para saber o preço. Digite 1 8 0 0 e o valor de 23,50 Euros apareceu. Tinha uma local para inserir moedas e outro notas. Inseri uma nota de 50 Euros e a desgraçada me cuspiu de volta o dinheiro. Virei a nota e de novo, o dinheiro voltou. Tentei umas quatro vezes.

Ai pedi ajuda aos senhores ciclistas. Eles fizeram novamente o procedimento e a nota voltou. Ai um deles disse que aquela máquina aceitava apenas notas até 20 Euros. Coloquei então uma de 20 e depois uma de 5. A máquina me devolveu o bilhete e 1,5 Euros.

Agradeci a ajuda enquanto os ciclistas pegavam suas bikes e se dirigiam a um tem que acaba de parar. Ai eu tentei achar o procedimento para emitir a passagem da Number Two. Foi idêntico ao da minha passagem, só que depois de digitar o código da cidade precisava apertar o botão Fahrrad (bicicleta).

Embarquei sózinho no trem que chegou pontualment as 9:50.. Prendi a bicicleta e sentei no último vagão, onde eu tinha visão diereta da bike. Atrás de mim um chinês ou coreano comia o seu prato de noodles. O barulho que ele fazia para comer era nojento e vou poupá-los de sua descrição. Não sei porque, mas é comum naquels países comerem fazendo ahrrrrghhh aqueles barulhos.

Vinte minutos depois cheguei em Regensdorf onde o trem ficou parado mais de meia hora, para partir as 10:50. Lá embarcaram um grupo de torcedores alemães, uns 15, vestidos com bandeiras e camisetas. Carregavam caixas e mais caixas de cervejas. Um deles tinha um, esqueci o nome agora, amplificador onde ficava gritando e falando sei lá o que, incluindo gritos de guerra e outras bobagens.

Por sorte entraram no carro da frente e não naquele onde eu estava. Eles foram até Passau, mas a maioria já estava `trêbada`. Acredito estarem indo para Viena onde seria a final da Euro Copa á noite.

Durante a viagem alguns vinham para o meu vagão para dar uma olhada e voltavam. Imagino a loucura que será essa noite em Viena. Aliás, Renato e Ferreira já devem estar chegando em Viena e vão aproveitar o clima da final.

Programei o Motoquinho para me levar ao hotel e descobri que ele estava a 3,7 Km. Estava fora da cidade, ao lado do Danúbio na rota para Linz.

Fiz o percurso em 15 minutos. Cheguei por volta das 13 horas e a recepcionista disse que o quarto estaria pronto somente as 14:00.


Não tem problema, eu almoço primeiro e depois volto. Perguntei se a comida estava inclusa e ela, depois de consultar alguns papéis disse que eu teria dierito a meia-pensão. Café da manhã e jantar. Falei se poderia trocar o jantar pelo almoço. Ela foi consultar alguém e voltou dizendo que sim.

O restaurante do hotel servia um buffet self service. Dei uma olhada nas opções e não gostei muito do que tinha. Perguntei á garconete se tinha menu a la Carte e ela disse que sim, me trazendo o menu.

Uma outra veio me trazer o refrigerante que havia pedido. Quando disse que queria um filet Cordon Bleau, ela disse que eu teria de pagar pois a meia-pensão era só para o buffet.

Tudo bem, eu pago, disse-lhe fachando o menu. Ai ela foi falar com um senhor que veio todo cheio de si, dizendo que se eu quissesse a meia pensão eu teria que usar o Buffet. Eu disse que não queria o buffet e que queria o que havia pedido. Ele disse que teria de pagar.

O senhor quer que eu mostre o dinheiro antes, ou pode ser depois do almoço. Eu já estava ficando irritado. Ele disse que tudo bem, e quando uma outra moça veio me atender perguntando o prato que eu queria, eu repeti. Ai ela me falou. Mas esse prato o sernhor tem que pagar.

Olha, tudo bem, eu não quero mais nada. Vou tomar só o refrigerante. Obrigado, disse a ela.

Daí uns dois minutos veio o senhor me perguntando se eu era o jornalista brasileiro. Sou sim, ai eu pensei, será que vou ter que pagar por ser brasileiro?

O senhor é meu convidado para o menu a la carte, me cumprimentou, estendendo a mão. E dizendo que se precisasse de algo era só falar.

Que mudança!


Vim para o quarto e escrevi o texto até esse ponto. São 15:00. Vou separar umas fotos, de ontem e de hoje, copiar tudo para o pen drive e ver se acho algum cibercafé.


O Danúbio aqui em Passau já virou um grande rio. Em nada lembra aquele nanico vagaroso dos seus primeiros quilômetros.




Fui Para o centro da cidade la pelas 18 horas. a cidade estava agitada com o jogo da Alemanha x Espanha. Fiquei rodando um pouco ate as 20 horas e voltei ao hotel sem encontrar um cibercafé. o hotel tinha conexao na portaria, mas cobravam 15 euros por hora. Um completo abuso.