domingo, 6 de julho de 2008

Dia 22 Gyor Budapest




Hoje foi um dia longo. Dia 22

Acordar as 6, tomar café as 6:30 e estar pedalando as 7 da manhã era o planejado para esse dia. Tudo ia bem até que o Renato foi encher o pneu traseiro da bicicleta e quebrou a válvula, ou melhor ela rasgou a camera de ar na sua junção.

Isso nos obrigou a troca da câmera e um pequeno problema com a válvula da bomba de ar nos tomou mais algum tempo. As 8:30 começamos a pedalar. O dia seria longo, 125 Km e optamos por ir pela rodovia número 1 até Komaron, depois Tata e outras pequenas cidades até Budapeste.

Esse foi um dia que nem tirei fotos no caminho. Buscamos pedalar rápido e nos concentrar na estrada, que apesar de pouco transito sempre apresentava momentos de maior tráfego. Pedalar por estradas movimentadas sempre é uma pedalada mais tensa. Os riscos são sempre maiores.

É curioso pois mesmo com outras pessoas ao seu lado, a pedalada é sempre um momento solitário, só seu. Hoje meus pensamentos ficaram em torno do que pretendo fazer quando voltar da viagem.

Fizemos durante o dia 4 paradas de meia hora. Na cidade de Tatabanya paramos num fast food. Era melhor comer um lanche quente do que o lanchinho do café da manhã. Saimos de lá as 14:30 com mais de 60 Km para serem percorridos.

A topografia que era até então plana, começou a apresentar algumas colinas que elevavam o terreno dem 50 ou 60 metros. Pedalamos o resto da viagem subindo e descendo aclives que variavam de 140 a 260 m de altitude.

Chegamos nos arredores de Budapeste as 18:45. Programei o GPS para nos levar ao hotel. Ele deve ter calculado a rota mais curta, mas que não era a mais fácil. Acabamos por enfrentar uma subida de 10 graus de inclinação, muito, muito forte. Escutava comentários dos meus colegas, isso é pior do que a subida do Pacaembu, não, é pior que a Rua São Gualter na Lapa, em São Paulo.

Depois de atingir a elevação máxima, fomos levados ao encontro do Danubio na ponte dos leões, onde ela se encontrava fechada para o transito e funcionava como uma feira de artesanato.

Atravessamos a ponte empurrando a bikes, pois não dava para pedalar pelo volume de pessoas. O hotel ainda ficava uns 2,5 Km de distância. Chegamos bastante cansados. Foram 136 Km. Curiosamente eu não estava tão acabado comparando com a minha pedalada de 141 Km entre Linz e Krems. Acho que o fato de estar com meus amigos, acaba diluindo a concentração e o esforço para chegar. Eles por sua vez estavam bastante cansados.

Amanhã será um dia de descanso em Budapeste.