segunda-feira, 7 de julho de 2008

Dia 23 Budapeste


Hoje foi um dia de descanso, principalmente para os meninos. Pedaladas de mais de 100km com subidas no final sempre são complicadas. & renato sentiu dores no joelho e o Ferreira cansaço geral, como eu. Acordamos as 8horas e passamos a manha no hotel. Ao meio dia saimos para uma pedalada e passamos no escritorio de turismo onde pegamos um cartao da cidade com o qual poderiamos andar no transporte publico da cidade e entrar em museus e outras atracos gratuitamente ou com descontos.

A cidade e muito bonita. Seus edificios uma historia a parte. Almoçamos la pelas 17horas e pouco depois começou a chover Comprei mais protetor solar. O sol esta pegando e vai piorar daqui para frente.

De volta ao hotel discutimos a rota dos proximos dias. Resolvi mudar meus planos originais e iremos continuar ao longo do Danubio ate Belgrado. Passaremos mais 2 dias na Hungria, depois 2 na croatia antes de chegarmos em Belgrado.
Budapeste é uma cidade para se conhecer aos poucos. Sua história é fascinante e sua arquitetura é bastante peculiar. Mistura diferentes estilos, um paraíso para arquitetos. É Uma cidade de contrastes que me causam sensações boas e pesadas. Alguns edifícios da cidade poderiam fazer parte de qualquer dos filmes do Batmam. Estariam perfeitamente encaixados na sombria Gothan City. Pesados, escuros e com uma energia nada boa. Outros, coloridos e meticulosamente desenhado por tijoslos ou ladrilhos despertam o lado alegre da cidade. Passando em frente a um dos edifícios de Gothan City vi que a entrada do prédio tinha um pé direito de mais de 8 metros. Escuro e misterioso, mas com pessoas entrando. Isso me chamou a atenção e resolvi entrar. Uma surpresa. Uma galeria que saia na outra rua cuja decoração seria digna de um palácio. O chão com mosaicos desenhandos em ladrilhos. O teto combinanco treliças de madeira com vidros e pedras. Impressionante. Era ao mesmo tempo um lugar sombrio, mas lindo. Era preciso serparar as sensações do ver e do sentir. Já estava escurecendo pela chuva que caia la fora. Se estivesse mais claro poderia fotografar detalhes... As ruas de Budapeste abrigam bares, lojas, zonas de pedestres e diferentes pessoas, com histórias diferentes. Fiquei pensando nas centenas de pessoas que tenho cruzado nessa viagem. Muitas nem me viram passar, mas elas estão gravadas para sempre em minha mente. Cenas de pessoas que não me deixarão, e me farão pensar nelas daqui a alguns anos tentando imaginar o que estariam fazendo. Hoje cruzei com uma linda violinista que tocava numa esquina e embelezava a rua com sua música. Vinte metros depois encontrei uma senhora, bem idosa, vestida toda de preto, com uma bengala, pedindo esmolas com uma pequena latinha. Ela poderia ser a bruxa da branca de neve ou uma fada dos contos dos irmãos Grin, que se disfarçava de bruxa para testar a bondade das pessoas. Todos passavam por ela e ninguém a percebia. Num momento pude ver na mesma cena a senhora e a violinista, cada qual tentando conseguir algum dinheiro para sobreviver. Uma cheia de vida, a outra usando o pouco que lhe restava. Uma com muitas histórias a viver e a outra com uma vida inteira de histórias. A visão daquela senhora me marcou muito.