sábado, 12 de julho de 2008
Dia 27 - Belgrado
Dia 27 – Belgrado
Dia de preguiça. O dia anterior nos creditava a um dia de descanso. Mas a realidade é que numa viagem como essa nunca se descansa. Tomamos café as 9 da manhã, o que é um luxo para esses pedalantes.
O Renato foi colocar gelo no joelho e combinamos sair para conhecer a cidade lá pelas 10:30. Quando desci eles estavam atualizando seu blog e acabamos ficando no hotel até as 11:30. Fomos até a Estação de trem, tiramos umas fotos e nos dirigimos, usando nossos pés e não nossas bikes, à uma antiga fortaleza que fica na parte alta da cidade.
Lá ficamos por um hora sentados em um banco sobre a proteção de uma frondosa árvore. Assistíamos de camarote a disputa de pardais e corvos pelas poças d´água que se formavam pelos jatos de irrigação do jardim.
A fome começou a mandar lembranças e decidimos ir para o centro da cidade. Poucos metros depois de sair do parque encontramos um restaurante com terraço amplo que nos convidou a ficar. Um simpático garçon não falava quase nada de outra lingua mas tinha muita facilidade em entender qualquer coisa que falássemos.
Nesse meio tempo consegui acertar o Motoquinho que não estava conseguindo mandar e-mails. Foi a primeira vez que isso aconteceu na viagem. Mas felizmente foi resolvido facilmente. Existem tres operadoras de celular nessa região. Aquela que o celular `pegou` não conseguia fazer a transmissão. Mudei de operadora e tudo voltou ao normal.
O roamming da TIM tem se mostrado impecável. Não fiquei sem conexão de voz ou dados em nenhum dos locais que passei.
Beolgrado é um cidade antiga, sofreu muita influencia Russa durante a existência da União Soviética. O idioma russo está presente em quase todos os locais. A cidade tem muitos edificios bonitos, mas mal cuidados. Muitos não vêem uma água ou tinta a décadas.
Andar pela cidade é voltar para os anos 50. A cidade, dividida pelo rio cresceu e modernizou-se do outro lado, na Nova Belgrado. Mas entre os encardidos edifícios é possível garimpar prédios renovados que exibem detalhes sutis de um passado sofisticado da cidade.
Pelas ruas de pedestres lojas de marca se mesclam com pequenos comércios, O som de um cantor de música regional enche a rua mas disputa nossa audição com outro canto que vem de outra direção. Um grupo indígena americano entoa seus canticos e orações cantadas atraindo mais platéia do que o cantor.
As ruas de Belgrado levam quem por lá passa do sacro ao profano em questão de passos. Batas e mini-saias ecumenicamente desfilam pelas ruas.
Nosso passeio durou mais de sete horas. Minhas pernas pareciam mais cansadas do que nos dias de pedaladas.
Talvez eu tenha perdido um pouco o habito de andar. Olhei no velocimetro da bicicleta e me dei conta de que já cheguei a dois terços da viagem. 2.240 Km já se passaram desde que deixei Paris. Pelos meus cálculos mais 1.100 Km me separam de Istambul.
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